Escriba Cafe - Episódio "Mais um Fim"




O Escriba Cafe, um podcast apresentado por Christian Gurtner, sempre nos traz em seus episódios uma pequena parte da história do homem, seu mundo, o universo e seus mistérios

Como eu já vi inúmeras datas do Fim do Mundo, ou inúmeras profecias que não se concretizam, sempre brinco de quando será a próxima. Nesse episódio épico, ele nos traz a história do fim do mundo - ou melhor, dos vários fins do mundo - e a relação do ser humano com o inevitável. Vale a pena ouvir.


https://podcasters.spotify.com/pod/show/escribacafe/episodes/Mais-um-fim-e2465f6

A dualidade das escolhas televisivas


Ultimamente, tenho ouvido com frequência a expressão "não assisto a Globo". Parece que se tornou uma espécie de mantra, uma declaração de independência televisiva. Curioso, porque para mim, a escolha do que assistir vai além de uma simples questão de canal ou ideologia. É sobre qualidade, respeito às pessoas, moral e ética.

Confesso que assisto programas diversos, independentemente do canal de origem. Aprecio a simplicidade e o conhecimento transmitidos pelo Globo Rural, assim como me encanto com as histórias de superação exibidas no Pequenas Empresas Grandes Negócios. Os programas esportivos também têm seu espaço em meu coração, trazendo a paixão e a emoção dos jogos para dentro da minha sala.

Não posso negar que alguns programas da Globo me atraem. O Globo Repórter, por exemplo, com suas histórias inspiradoras e viagens pelo mundo, cativa minha atenção em muitas noites. E algumas excelentes reportagens do Fantástico, também me mantém informado sobre diversos assuntos relevantes.

Contudo, não é apenas a Globo que me prende diante da televisão. Há programas de qualidade em diversos outros canais, cada um com suas características únicas. Não tenho a intenção de limitar minha experiência televisiva a apenas um canal, pois sei que posso encontrar conteúdos interessantes e relevantes em diferentes lugares.

No entanto, existe uma faceta obscura nesse cenário televisivo. Programas como Datena, Aqui Agora e o Linha Direta, por exemplo, possuem um grande número de telespectadores. E o motivo disso, infelizmente, muitas vezes está relacionado à atração que as pessoas sentem pela desgraça alheia. É como se houvesse um prazer mórbido em saber de mortes, bandidos e fofocas negativas. Ao invés de buscar a positividade e o estímulo para melhorar suas próprias vidas, algumas pessoas preferem se comparar aos "piores" que são apresentados na tela.

Isso me faz refletir sobre a dualidade das escolhas televisivas. Enquanto uns buscam conteúdos enriquecedores e inspiradores, outros se deleitam na desgraça e no sensacionalismo. Cabe a cada um de nós fazer a nossa própria seleção, procurando aquilo que nos acrescenta como indivíduos e sociedade.

Talvez seja hora de repensarmos nossos hábitos e direcionarmos nossas energias para programas que nos façam refletir, aprender e nos sentir mais conectados uns com os outros. Afinal, a televisão, assim como qualquer outra forma de mídia, tem um poder imenso de influenciar a maneira como vemos o mundo e as pessoas ao nosso redor.

Em vez de nos prendermos a uma postura fechada, que tal abrirmos nossas mentes para a diversidade de programas disponíveis? Valorizar a qualidade, o conhecimento e o entretenimento construtivo podem nos ajudar a cultivar uma visão mais positiva e empática do mundo, enquanto fugimos da tentação de nos deleitar com o lado negativo da vida alheia.

Portanto, diante de alguém que diz "não assisto a Globo" ou expressões similares, talvez seja válido nos questionarmos: será que essa pessoa está realmente procurando algo melhor em termos de qualidade televisiva, ou está apenas repetindo um mantra sem refletir sobre as diferentes opções disponíveis? Não seria interessante explorar outras programações e valorizar a qualidade do conteúdo, independentemente do canal de origem, ou até mesmo outra mídia, como a leitura, pode abrir horizontes e enriquecer sua experiência pessoal. Afinal, a escolha é nossa e pode fazer toda a diferença em nossa jornada de entretenimento e crescimento.

Sebastião Marcondes∴
Maio/2023

Abelhas no ponto de ônibus


No movimentado Setor de Autarquias Sul, localizado no coração de Brasília, ergue-se um ponto de ônibus moderno. Sua estrutura imponente, composta de alumínio reluzente e paredes de vidro translúcido, destaca-se em meio ao fluxo constante de pessoas. Porém, há um segredo escondido nas entranhas dessa construção: uma colmeia abrigada dentro da tubulação.

Enquanto a vida cotidiana segue seu curso, os pedestres apressados caminham em todas as direções, alheios à existência da colmeia, as abelhas dedicam-se a seu trabalho vital, incansável, com admirável colaboração, em perfeita harmonia e com uma notável demonstração de fraternidade. Sem egos ou hierarquias, elas compreendem a importância de unir esforços e compartilhar o fardo coletivo. Coletivamente, elas constroem células de cera com esmero, armazenando néctar e pólen colhidos das flores circundantes. Juntas, elas se comunicam de maneira única, dançando e transmitindo informações sobre as melhores fontes de alimento. Cada abelha desempenha seu papel, em perfeita sincronia, em prol do bem-estar de toda a colônia.

Embora a agitação e o frenesi daquele ambiente moderno distraiam as pessoas, a maioria das pessoas que passa pelo ponto de ônibus não percebe essa intrincada rede de fraternidade que se desenrola dentro de um simples tubo metálico, seus olhares distraídos não captam os movimentos coreografados, as delicadas construções de cera ou a profunda conexão que une essas abelhas. A colmeia permanece como um símbolo silencioso de cooperação e interdependência. Essas pequenas criaturas aladas, que passam despercebidas pelos olhos desatentos, nos lembram da importância da fraternidade em nossas vidas.

Seria encantador se um único instante de pausa pudesse revelar aos transeuntes a surpresa oculta. Se ao olhar mais atentamente, eles fossem agraciados com o vislumbre das abelhas trabalhando com dedicação e fraternidade, eles poderiam ser inspirados a repensar sua própria interação com o mundo ao seu redor.

A colmeia persiste, mesmo sem o reconhecimento humano. Enquanto as pessoas se movem, alheias à existência daquela pequena comunidade vibrante, as abelhas continuam a desempenhar seu papel essencial na polinização das flores e na manutenção do equilíbrio do ecossistema.

Que possamos aprender com essas incansáveis abelhinhas sem ferrão e seu exemplo de fraternidade. Que possamos valorizar o trabalho em conjunto, compreendendo que, ao unir nossos esforços, podemos alcançar grandes realizações. E, quem sabe, ao nos conectarmos com essa energia de cooperação, possamos criar um mundo onde a fraternidade seja a base de nossas ações e relacionamentos.

Assim, naquele ponto de ônibus moderno, em meio à correria diária, a colmeia permanecerá como uma lembrança sutil de que, mesmo nos lugares mais inesperados, a união e o cuidado mútuo podem florescer.


Sebastião Marcondes∴
Maio/2023


Resgate do Elefante

 


Um elefante caminhava em uma floresta na Índia, exibindo sua imponência diante da vastidão da natureza. Sua presença era um testemunho vivo da beleza e da grandiosidade da vida selvagem. No entanto, um infortúnio atravessou seu caminho quando ele caiu em uma vala profunda.

Preso naquela armadilha inescapável, o elefante lutava desesperadamente para se libertar. Suas fortes pernas e sua tromba habilidosa eram impotentes diante da situação desesperadora. A cada tentativa, ele afundava ainda mais na vala, sentindo a angústia se intensificar. Parecia que tudo estava perdido, e o elefante estava à mercê do destino.

No entanto, surgiu um brilho de esperança. Uma retroescavadeira, guiada por mãos habilidosas, aproximou-se cautelosamente da vala. Seus motores ronronavam, ecoando como uma melodia de coragem e solidariedade. A máquina, que outrora era vista apenas como uma ferramenta de construção, agora se tornava a salvadora do elefante.

Com habilidade e destreza, a retroescavadeira estendeu seu braço robusto e ergueu o elefante, libertando-o do abismo que o aprisionava. O elefante, agora livre e seguro, olhou para a máquina com olhos cheios de gratidão e compreensão. Ele reconheceu que, assim como o destino os havia unido, também havia uma lição a ser aprendida.

Com uma gentileza surpreendente, o elefante se aproximou da retroescavadeira e com a sua tromba poderosa, tocou e acariciou a carcaça de metal da máquina, transmitindo sua gratidão sincera. Naquele gesto simples, ele expressava seu reconhecimento pelos esforços que o haviam resgatado do abismo.

O elefante, tendo encontrado sua libertação nas mãos humanas, enxergou além do momento e percebeu que havia algo maior em ação. Com um coração repleto de humildade e admiração, o elefante estendeu sua gratidão aos seres humanos e a Deus. Ele compreendeu que, assim como a retroescavadeira foi um instrumento nas mãos dos humanos, todos os milagres e bênçãos que permeiam sua vida são presentes divinos. Cada respiração, cada passo dado, era um lembrete da bondade e do cuidado de Deus.

E assim, o elefante nos convida a refletir sobre a importância da gratidão em nossas próprias vidas. Ele nos lembra que, embora não possamos escapar dos desafios e dificuldades, sempre haverá mãos estendidas para nos ajudar. Devemos ser gratos não apenas pelas maravilhas criadas pelos seres humanos, mas também por todas as dádivas divinas que nos cercam.

A cada dia, somos agraciados com a vida, com a beleza da natureza ao nosso redor e com os relacionamentos preciosos que compartilhamos. Devemos valorizar as habilidades uns dos outros, reconhecendo que cada um de nós desempenha um papel único nessa sinfonia da existência. E, acima de tudo, devemos ser gratos a Deus, que nos sustenta e guia em nossa jornada.

Que o exemplo do elefante e da retroescavadeira nos inspire a abraçar a gratidão em todas as áreas de nossas vidas. Que possamos expressar nossa apreciação pelas máquinas e ferramentas que nos auxiliam, pelas pessoas que nos apoiam e pelos momentos de alegria e superação que encontramos ao longo do caminho.

Que a gratidão se torne um farol que ilumina nosso caminho, lembrando-nos constantemente de que, mesmo diante dos desafios e obstáculos, há sempre algo pelo qual sermos gratos. E que, ao cultivar a gratidão em nossos corações, possamos encontrar uma alegria mais profunda e compartilhar essa energia positiva com o mundo ao nosso redor.

Agradeçamos, então, a Deus, uns aos outros e a tudo o que nos é dado, pois é na gratidão que encontramos a verdadeira felicidade e a paz interior que transcende todas as circunstâncias.

Sebastião Marcondes∴
Maio/2023

Os Pilares da Terra



Foram 18 dias para ler 950 páginas de Os Pilares da Terra, de  Ken Follett, mas valeu a pena! Uma história épica da Inglaterra do século XII rica em detalhes e com reviravoltas a todo tempo. Alegria, tristeza, amores, separações, Deus... A todo momento os olhos lacrimejaram.

Neste livro, o autor procura traçar o painel de um tempo varrido por conspirações, jogos intrincados de poder, violência e surgimento de uma nova ordem social e cultural, buscando captar simultaneamente o que acontece nos castelos, feiras, florestas e igrejas. Philip, prior de Kingsbridge, luta contra tudo e todos para construir um templo grandioso a Deus. A galeria de personagens gravitando em torno da catedral inclui Aliena, a bela herdeira banida de suas terras, Jack, seu amante, Tom, o construtor, William o cavaleiro boçal, e Waleran, o bispo capaz de tudo para pavimentar seu caminho até o lugar do Papa, em Roma. Como painel de fundo, uma Inglaterra sacudida por lutas entre os sucessores prováveis ao trono que Henrique I deixou sem descendentes.

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Rosa Branca

Durante a cerimônia das flores, apresentada pelos sobrinhos DeMolay do Capítulo Ave Branca Nº 383, ao segurar a rosa branca em minhas mãos, reflito sobre a jornada da minha vida e sobre as diversas mães que passaram pelo meu caminho, sempre me auxiliando e me presenteando com seu carinho incondicional. No entanto, hoje, nenhuma delas está ao meu lado físico.

Essas mães, que foram minha força e meu porto seguro ao longo dos anos, deixaram um legado de amor e sabedoria em meu coração. Suas presenças moldaram a pessoa que sou hoje, guiando-me com sua dedicação e exemplo.

Ao contemplar a rosa branca, sinto a falta dessas mães que me apoiaram e cuidaram de mim com tanto afeto. Seus abraços calorosos, seus sorrisos acolhedores e suas palavras encorajadoras ecoam em minha memória, lembrando-me do amor que compartilhamos.

Mesmo que não estejam mais fisicamente presentes, sei que seu amor continua a fluir em meu ser. Através das lembranças e dos ensinamentos que elas me deixaram, carrego suas vozes em meu coração, tornando-me capaz de enfrentar os desafios da vida com coragem e determinação.

Neste momento, enquanto seguro a rosa branca, presto uma homenagem a todas as mães que deixaram uma marca indelével em minha vida. Agradeço por cada momento que compartilhamos, por cada riso, cada lágrima e cada abraço apertado. Seu amor inabalável permanece vivo dentro de mim, fortalecendo-me mesmo na ausência física delas.

A rosa branca se torna um símbolo não apenas de esperança e renovação, mas também de gratidão profunda. É uma lembrança de que, embora as mães possam não estar fisicamente ao nosso lado, seu amor e influência permanecem vivos e nos guiam ao longo da vida.
Que essa rosa branca, carregada de significados preciosos, transmita a mensagem de amor, gratidão e resiliência a todos aqueles que a veem. Que cada pétala seja uma lembrança suave de que mesmo quando enfrentamos perdas e ausências, o amor e o vínculo eterno que criamos jamais se desvanecem.

Que essa rosa branca, em sua beleza simples, seja um lembrete para abraçarmos e valorizarmos elas enquanto estão ao nosso lado. E que, ao olharmos para essa flor, possamos encontrar conforto e força para honrar seu legado, espalhando amor e cuidado para com aqueles que nos rodeiam.

Sebastião Marcondes∴
Maio/2023

Entretenimento e Realidade: Uma Noite Diante de Desafios Globais

Às 20h30, buscando um respiro após um dia atribulado, acomodei-me no sofá com a expectativa de encontrar alívio no programa de entreteniment...